[ID 41] QUALIDADE DE VIDA EM DISFAGIA PÓS-ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO
Diogo Oliveira, Clenda Michele Batista, Róger Florentino Silva
Palavras-chave:
Alimentação; Fonoaudiologia; Transtorno da Deglutição.Resumo
INTRODUÇÃO: O ato de deglutir compreende desde a captura do alimento pela boca até sua passagem para o estômago, sendo esta função primordial para o convívio social, familiar, profissional e em momentos de lazer. Quando ocorre qualquer alteração no processo da deglutição, o indivíduo pode apresentar impacto variável na qualidade de vida, podendo levar a pontos extremos de isolamento.
OBJETIVO: Analisar o impacto provocado pela disfagia orofaríngea neurogênica na qualidade de vida de uma população de indivíduos que sofreram Acidente Vascular Encefálico.
MATERIAL E MÉTODOS: Trata-se de uma pesquisa descritiva do tipo transversal com abordagem quantitativa, constituída por 11 indivíduos, sendo o público alvo pacientes das Unidades Básicas de Saúde (UBS), situados na cidade de Patrocínio-MG, utilizando o questionário Qualidade de Vida em Disfagia SWAL-QOL para a coleta dos dados.
RESULTADOS: A análise descritiva demonstrou que a disfagia orofaríngea neurogênica pós-Acidente Vascular Encefálico provocou impacto na qualidade de vida de 100% dos participantes (n=11), porém observou-se impacto mais acentuado nos domínios: 1 – deglutição como um fardo (38,64%), 3 – tempo de se alimentar (44,32%), 6 – comunicação (44,32%) e 9 – social (41,82%).
CONCLUSÃO: Os resultados obtidos neste estudo demonstraram impacto na qualidade de vida em disfagia nos domínios deglutição como um fardo, tempo de se alimentar, comunicação e social. Em contrapartida, os domínios mais afetados na qualidade de vida em disfagia quando relacionados à presença ou não de afasia, foram comunicação e social. Desta forma, confirmou-se que a disfagia neurogênica interfere na qualidade de vida desses sujeitos
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